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Hospitais sofrem com escassez de medicamentos para intubação de pacientes

Maurício Araujo

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gustavo Mansur / Palácio Piratini
Medicamentos foram separados na cidade de Nova Santa Rita, conforme rota de distribuição

Com o objetivo de garantir assistência aos pacientes graves de Covid-19 intubados em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o governo do Estado começou a distribuir mais de 92 mil frascos de sedativos e bloqueadores neuromusculares a hospitais gaúchos. Quatro hospitais de cidades da Região Central serão contemplados. Os medicamentos Atracúrio, Cisatracúrio, Midazolam e Rocurônio fazem parte do chamado kit intubação, necessários ao procedimento de ventilação mecânica em pacientes com dificuldades respiratórias.

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Na região, serão contemplados pela distribuição as seguintes instituições de saúde: Hospital São Vicente de Paulo, de Cruz Alta; Hospital de Caridade São Roque, de Faxinal do Soturno; Hospital de Caridade Nossa Senhora Auxiliadora, de Rosário do Sul; e Santa Casa de Caridade, de São Gabriel. 

Conforme o diretor técnico do Hospital São Roque, Flávio Stona, no último sábado, a instituição conseguiu medicamentos emprestados do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), e o estoque deve durar até esta quarta-feira. A direção chegou a bloquear dois leitos de UTI e parou de receber pacientes de fora da cidade, porque as reservas de medicamentos estão muito baixas. Com a remessa do Estado, os estoques devem durar até segunda-feira. Para garantir os fármacos, a instituição faz compra junto com o governo estadual, e, ainda, tem tentado importar direto com os fornecedores.

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- É uma situação muito complicada, e estamos reunindo todos os esforços para atender os pacientes - garante Stona.

No Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, a situação também é dramática. Os estoques de medicamentos que compõem o kit intubação devem durar por cinco dias. Com a chegada da remessa do Estado, a instituição consegue estender por mais dois dias as reservas.

- A remessa é de extrema importância e vai ajudar muito, apesar de ser alguns itens, e não o kit completo - explica o administrador do hospital, Edemar Richter.

Segundo o administrador, transferir pacientes até foi cogitado, no entanto, outros hospitais também estão com dificuldades para socorrer. A administração tem tentado comprar os medicamentos, no entanto, quando há suprimentos, os preços são muito altos e em quantidades pequenas.

A reportagem tentou contato com o Hospital São Vicente de Paulo, de Cruz Alta. A assessoria de imprensa afirma que está verificando a demanda junto à direção da instituição.

SANTA CASA

Na segunda-feira, a Santa Casa de Misericórdia de São Gabriel anunciou que precisaria transferir pacientes de UTI para outras cidades, já que a instituição está com falta de sedativos como bloqueadores neuromusculares e remédios para intubação.

Ainda na segunda, de acordo com a secretária municipal de Saúde, Kátia Raposo, o hospital recebeu doações de instituições de Rosário do Sul e Santana de Livramento. A quantidade encerra ainda nesta segunda. No entanto, por volta das 13h desta terça-feira, o Exército Brasileiro entregou os medicamentos enviados pelo Estado. O quantitativo entregue deve durar, em média e conforme o número de internações, quatro dias. Segundo a secretária, o alerta segue ligado em São Gabriel.

ESTADO

A responsabilidade pela compra destes medicamentos é das instituições hospitalares. No entanto, frente à dificuldade de aquisição no país e ao aumento da demanda desde o ano passado, o governo do Estado e o Ministério da Saúde se articularam para comprá-los excepcionalmente e distribuí-los às instituições com estoques críticos e que prestam atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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Conforme o Estado, em 2020, foram distribuídos cerca de 150 mil frascos de medicamentos e, até o momento, em 2021, já foram entregues cerca de 225 mil frascos, entre aquisições do MS e do governo do Estado.

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